Praga da cigarrinha preocupa produtores de milho e causa prejuízos em SC
No estado a incidência do inseto-vetor de doenças provocadas por vírus e bactérias, tem ocorrido de forma generalizada em todas as regiões
As lavouras de milho em Santa Catarina, foram amplamente castigadas pela seca e pela praga da cigarrinha. No estado a incidência do inseto-vetor de doenças provocadas por vírus e bactérias, tem ocorrido de forma generalizada em todas as regiões e com danos econômicos variáveis na safra 2020/2021.
De acordo com levantamento da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), as macrorregiões mais afetadas são o Meio-Oeste, Oeste, Extremo-Oeste, Planalto Norte e Planalto Serrano. Produtores relatam perdas de até 70% das lavouras, especialmente nos cultivos precoce e superprecoce, variedades mais sensíveis à praga.
Segundo o engenheiro agrônomo Eder Farina que atua na Coopervil, a cigarrinha se alimenta e se reproduz apenas no milho e, por isso, a manutenção de plantas é favorável para sua multiplicação. Também não há controle químico 100% eficaz para a praga.
A cigarrinha impactará na produtividade do milho no Estado neste ano. A estimativa da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc), é que a safra 2020/21 deve chegar, no máximo, a 1,5 milhão de toneladas – 1,2 milhão a menos que o previsto. O produtor Felipe Dalbosco, que plantou cerca de 170 hectares, diz que terá um prejuízo que pode chegar a 35% de perca nesta safra.
A orientação das entidades é para que os agricultores busquem sementes mais resistentes no mercado, otimizem a rotação de culturas nas lavouras e adotem o chamado vazio sanitário – intervalo de, pelo menos, 60 dias sem plantio.
Informação Rádio Vitória/Jornalismo RBV